Victoria Barreto Ghattas/7c/n28
Nascido em Grão Mogol (MG) em 1944 e falecido em Montes Claros (MG) em 1986.

Em 1969, além de realizar sua primeira individual (Galeria Copacabana Palace, Rio de Janeiro), conquistou o primeiro prêmio de pintura no Salão dos Transportes, patrocinado pelo Ministério da Viação e Obras Públicas também no Rio de Janeiro.
No ano seguinte obteve simultaneamente dois prêmios de viagem ao estrangeiro: aos Estados Unidos da América, no Resumo JB, como autor da melhor individual efetuada no Rio de Janeiro no ano anterior, e o do Salão Nacional de Arte Moderna, que desfrutou após 1972 também nos Estados Unidos. Suceder-se-ia, a essa fase inicial de afirmações e conquistas, durante a qual chegou a ser justamente considerado um dos pintores jovens mais representativos da arte brasileira, um período de desequilíbrio, descontrole emocional e afinal de tragédia.
Com efeito, viveu seus últimos anos como mendigo, atropelado por um ônibus e recolhido por vontade própria a um sanatório em Montes Claros.
Nesse hospital, Raimundo Collares faleceu quando seu leito de enfermo incendiou-se, devido a uma ponta de cigarro inadvertidamente caída entre os lençóis.
Como pintor, Collares debruçou-se sobre a iconografia urbana, explorando uma temática pop minimalista característica: ônibus vistos de relance, atravessando em velocidade as ruas da cidade, num neo-futurismo de convincente execução técnica.
Mais tarde, o plano bidimensional cedeu vez a tentativas com terceira dimensão, pela utilização, como suporte, de chapas recortadas de alumínio.
Finalmente, registrem-se desse artista as experimentações a que denominou gibis, pequenos álbuns de poucas páginas que, ao serem manipuladas, permitiam ao espectador inúmeras leituras possíveis.
Sua derradeira exposição deu-se em 1983.
Imagens:

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